Autoria
As
principais questões quanto à autoria das cartas canônicas de Paulo
para Timóteo já foram observadas na introdução geral de 1ª
Timóteo. Conforme as narrativas finais de Atos 28, o apóstolo já
havia sido liberto de sua prisão domiciliar, que cumprira
junto à guarda pretoriana em Roma por voltado ano 63 d.C.
Considerando que, logo depois, durante a sua quarta grande viagem
missionária,
produziu
as epístolas de 1ª
Timóteo e Tito, quando voltou a ser perseguido e preso sob as ordens
do
imperador romano Nero, entre os anos 66 e 67 d.C., podemos igualmente
compreender que foi nesse intervalo de tempo que Paulo escreveu sua
segunda epístola a Timóteo. Contudo, ao contrário de sua primeira
detenção, em que havia recebido autorização para alugar uma casa
para seu confinamento (At 28.30), agora, nessa segunda prisão,
padecia numa masmorra fria e úmida(4.13); acorrentado como um
criminoso perigoso (1.16; 2.9). Seu isolamento foi de tal ordem que
seus próprios amigos mais íntimos tiveram dificuldade para achar
seu paradeiro (1.17). Paulo, nesse momento, estava perfeitamente
consciente de que já havia concluído sua missão, e que seu tempo
de vida nessa terra era exíguo (4.6-8).
Data
da primeira publicação
Cronologicamente,
2ª Timóteo é a última das três “cartas pastorais” e se passa
num tempo de extrema perseguição religiosa por parte das
autoridades romanas. Em 1ª Timóteo e Tito, o apóstolo estava livre
para sonhar novos desafios missionários e chegar até a Espanha, seu
grande desejo evangelístico. Entretanto, ao escrever esta epístola,
em meados do ano 66 d.C., Paulo está jogado num cárcere em Roma,
aguardando seu derradeiro julgamento (4.6).
Esboço
geral de 2ª
Timóteo
1.
Saudação e introdução (1.1,2)
2. Expressão
de graças a Deus por Timóteo (1.3-7)
3. O
recrutamento de um soldado de Cristo (1.8-18)
A.
Um chamamento à bravura (1.8-12)
B.
Um chamamento à lealdade (1.13-18)
4. O
caráter de um verdadeiro guerreiro de Cristo (2.1-26)
A.
Ser forte e destemido em Cristo (2.1-2)
B.
Ter seu objetivo focado no Senhor (2.3-4)
C.
Cultivar a vida disciplinada no Espírito (2.5-10)
D.
Viver seguro na sã doutrina de Cristo (2.11-13)
E.
Manter uma fé sadia e produtiva (2.14-19)
F. Cuidar
da santificação pessoal (2.20-23)
G.
Ser um servo de Cristo e da Igreja (2.24-26)
5. Como
lutar o bom combate por Cristo (3.1-17)
A.
O perigo do esfriamento espiritual (3.1-9)
B.
Como proteger-se contra a apostasia (3.10-17)
6. A
fidelidade do servo no ministério de Cristo (4.1-5)
7. O
consolo e prêmio do ministro de Cristo (4.6-18)
A.
Satisfação e honra de haver cumprido a missão (4.6-7)
B.
Um futuro de paz e júbilo por toda a eternidade (4.8)
C.
A companhia dos bons e fiéis companheiros (4.9-18)
8. Saudações,
últimos pedidos e bênção apostólica (4.19-22)